Como lidar com crianças com dificuldades na aprendizagem

Lidar com crianças que têm dificuldades na aprendizagem requer compreensão, paciência e um ambiente de apoio. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar:

  1. Identificar as dificuldades: Observe atentamente quais áreas específicas da aprendizagem estão sendo desafiadoras para a criança. Isso pode envolver a leitura, a escrita, a matemática ou outras habilidades acadêmicas. Compreender as dificuldades específicas permitirá direcionar o suporte adequado.
  2. Comunicação aberta: Estabeleça uma comunicação aberta e positiva com a criança. Encoraje-a a expressar suas frustrações, medos e preocupações em relação à aprendizagem. Mostre empatia e ofereça apoio emocional.
  3. Atenção individualizada: Adapte a abordagem de ensino para atender às necessidades específicas da criança. Isso pode incluir métodos de ensino alternativos, materiais de aprendizagem visualmente estimulantes ou estratégias de ensino multisensorial.
  4. Reforço positivo: Reconheça e celebre os progressos da criança, mesmo os pequenos avanços. Reforços positivos, como elogios, recompensas ou sistemas de pontos, podem incentivar a motivação e o engajamento na aprendizagem.
  5. Suporte adicional: Considere a possibilidade de buscar suporte adicional, como professores de apoio, tutores ou terapeutas especializados, dependendo da gravidade das dificuldades da criança. Esses profissionais podem fornecer estratégias e recursos adicionais para ajudar a superar os desafios de aprendizagem.
  6. Colaboração com a escola: Trabalhe em estreita colaboração com os professores e a equipe escolar para garantir que a criança receba o suporte necessário. Compartilhe informações sobre as dificuldades da criança, participe de reuniões e discuta planos de ação para promover um ambiente de aprendizagem inclusivo.
  7. Estimulação positiva: Além do apoio acadêmico, ofereça oportunidades para a criança se envolver em atividades extracurriculares, como esportes, artes ou música. Essas atividades podem ajudar a fortalecer a confiança, a autoestima e o desenvolvimento geral da criança.

É importante lembrar que cada criança é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Portanto, adapte as estratégias de acordo com as necessidades individuais da criança e busque orientação profissional quando necessário.

Algumas crianças ao começarem a estudar apresentam dificuldade para aprender o que é ensinado. Isso pode ser desencadeado por problemas como TDA-H (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), Dislexia, Deficiência Intelectual, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento ou mesmo dificuldade de aprendizagem. Também pode haver somente um desinteresse por situações escolares.

Crianças com dificuldades na aprendizagem
Crianças com dificuldades na aprendizagem

“Geralmente os professores são os primeiros a perceberem este problema. Visto que normalmente a criança não apresenta essas dificuldades em casa e as demonstram por volta dos seis e sete anos de idade quando iniciam o ensino fundamental. No entanto, é possível realizar um diagnóstico precoce quando as crianças desde muito cedo (2 ou 3 anos) apresentam distúrbios de linguagem ou dificuldades acentuadas para se relacionar com outras crianças (isolamento das outras crianças ou agressividade)”, afirma a psicóloga, mestre em educação, Fernanda Araújo Cabral.

Antes mesmo da escola falar sobre este assunto com os pais estes podem identificar o empecilho por meio das frequentes notas baixas, incapacidade de compreender o que a professora explica mesmo após esta ter utilizado diversas maneiras diferentes de abordar um determinado tema. Além disso, pode haver o desinteresse acentuado pelas atividades escolares e agressividade.

Ao diagnosticar o motivo pelo qual o desempenho escolar não vai bem é bastante importante que os pais compreendam a dificuldade do filho e se disponham a auxiliá-lo, evitando cobranças excessivas ou rótulos como o de “incapaz”. Todavia, também é necessário que o outro lado seja visto. Apesar de compreensivos os pais devem impor limites e mostrar a importância da escolarização.

É necessário separar a real dificuldade da criança e a incapacidade dos professores em compreenderem que ela aprende de forma um pouco diferenciada. Em qualquer caso é importante um profissional conversar com a escola para investigar quais os motivos da dificuldade apresentada pelos alunos e elaborar, em parceria com a instituição escolar, uma melhor forma de planejar o ensino para a classe, de maneira a contemplar todos os alunos que estudam na mesma sala.

O tratamento terapêutico é recomendado quando a dificuldade de aprendizagem começa a rotular a criança e acentuar a diferença. Quanto antes o início da terapia melhor, para que a criança tenha um bom prognóstico quanto ao desenvolvimento escolar.

O trabalho psicológico compreende as questões psicopedagógicas presentes na dificuldade de aprendizagem da criança. Para tanto, nos momentos de clínica o uso do lúdico (tratamento psicológico que possibilita o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos) colabora para o desbloqueio do lado emocional da criança que impede o aprendizado. Também auxilia a criança no desenvolvimento de estratégias que facilitem seu aprendizado, utilizando os potenciais que tem de aprendizado. Por exemplo, se uma criança é muito agitada, o psicólogo age canalizando essa agitação para realizar as tarefas escolares. Além disso, o profissional deve trabalhar em conjunto com a escola e com a família, no intuito de auxiliar a compreenderem o processo de aprendizagem da criança, assim como criar planejamentos que favoreçam essa aprendizagem.

É importante lembrar que cada criança é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Portanto, adapte as estratégias de acordo com as necessidades individuais da criança e busque orientação profissional quando necessário.

Portanto, a terapia, orientações aos pais e acompanhamento escolar são essenciais para a melhoria do problema que aflige a criança. “Se não houver um tratamento, a criança pode desencadear sérios atrasos no desenvolvimento escolar, acarretando até o total abandono da escola. Desinteresse pelos estudos, baixa autoestima, timidez ou agressividade. Nos piores casos podem ocorrer a somatização da dificuldade e a criança passa a reclamar de dores de cabeça ou de estômago na hora de ir à escola, ou até mesmo distúrbios mais graves como inapetência”, alerta a especialista Fernanda Araújo Cabral.


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